Author: | Betty Milan | ISBN: | 9788592227036 |
Publisher: | EMM | Publication: | August 1, 2017 |
Imprint: | EMM | Language: | Portuguese |
Author: | Betty Milan |
ISBN: | 9788592227036 |
Publisher: | EMM |
Publication: | August 1, 2017 |
Imprint: | EMM |
Language: | Portuguese |
Brasileira, casada com francês, Laura assiste à agonia e à morte do marido num hospital parisiense. Tenta inutilmente convencer o médico a abreviar o sofrimento e, depois do enterro, toma o avião para São Paulo, a sua cidade natal, com a qual mantém uma relação de amor e ódio, contraditória.
Surpreendentemente, Laura não vai para a casa da família – porque não suporta a ideia de ouvir “meus pêsames” e de ser olhada com pena. Vai direto do aeroporto para o cemitério, onde fala com os vivos e com os mortos, cujas vozes ela ouve. Assim, Mario e Oswald de Andrade, os escritores que, pela sua independência e sua relação com a cultura brasileira, a marcaram. Por fim, fala com o pai, que a incita a sair da concha do luto e a ir escutar os outros, o “povo da rua” – os que nela vivem sem serem vistos nem ouvidos.
Laura segue o conselho e erra pela cidade. Vai descobrir a São Paulo que ninguém conhece e nos revelar o mundo dos seus moradores invisíveis. O périplo só se interrompe por Laura ouvir a voz do marido, que a convence a sair da rua. Alegando, por um lado, que, sendo mãe, ela precisa se cuidar, e, por outro, que “perder não significa não ter” – e ela o tem, desde que não se esqueça do amor.
Antes de ir para casa, Laura assiste no teatro a uma homenagem a Oswald. Ouvindo o Manifesto Antropófago, ela enfim diz não à tristeza e se deixa tomar pela alegria que, segundo o poeta, é a prova dos nove. Ao sair do teatro, encontra a irmã, que soube da sua chegada e a conduz até a mãe, viúva de longa data. A mãe não diz “meus pêsames”, mas sim as palavras de que Laura precisa, consola verdadeiramente, lembrando que o amor é maior do que a morte.
Brasileira, casada com francês, Laura assiste à agonia e à morte do marido num hospital parisiense. Tenta inutilmente convencer o médico a abreviar o sofrimento e, depois do enterro, toma o avião para São Paulo, a sua cidade natal, com a qual mantém uma relação de amor e ódio, contraditória.
Surpreendentemente, Laura não vai para a casa da família – porque não suporta a ideia de ouvir “meus pêsames” e de ser olhada com pena. Vai direto do aeroporto para o cemitério, onde fala com os vivos e com os mortos, cujas vozes ela ouve. Assim, Mario e Oswald de Andrade, os escritores que, pela sua independência e sua relação com a cultura brasileira, a marcaram. Por fim, fala com o pai, que a incita a sair da concha do luto e a ir escutar os outros, o “povo da rua” – os que nela vivem sem serem vistos nem ouvidos.
Laura segue o conselho e erra pela cidade. Vai descobrir a São Paulo que ninguém conhece e nos revelar o mundo dos seus moradores invisíveis. O périplo só se interrompe por Laura ouvir a voz do marido, que a convence a sair da rua. Alegando, por um lado, que, sendo mãe, ela precisa se cuidar, e, por outro, que “perder não significa não ter” – e ela o tem, desde que não se esqueça do amor.
Antes de ir para casa, Laura assiste no teatro a uma homenagem a Oswald. Ouvindo o Manifesto Antropófago, ela enfim diz não à tristeza e se deixa tomar pela alegria que, segundo o poeta, é a prova dos nove. Ao sair do teatro, encontra a irmã, que soube da sua chegada e a conduz até a mãe, viúva de longa data. A mãe não diz “meus pêsames”, mas sim as palavras de que Laura precisa, consola verdadeiramente, lembrando que o amor é maior do que a morte.