Author: | Monteiro Lobato | ISBN: | 9788525056788 |
Publisher: | Globo Livros | Publication: | March 31, 2014 |
Imprint: | Biblioteca Azul | Language: | Portuguese |
Author: | Monteiro Lobato |
ISBN: | 9788525056788 |
Publisher: | Globo Livros |
Publication: | March 31, 2014 |
Imprint: | Biblioteca Azul |
Language: | Portuguese |
“Monteiro Lobato”, escreve Cornélio Pires, eminente etnógrafo da cultura e do dialeto caipiras da primeira metade do século XX, “é incontestavelmente um moço de muito talento e de magnífica organização literária. O seu estilo simples e claro atrai, prende, enleva e delicia”. Passados mais de 65 anos da morte do escritor, difícil não nos deliciarmos com as histórias reunidas neste Contos completos, que a Biblioteca Azul, da Globo Livros, acaba de lançar.O volume compila todos os contos de Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Negrinha (1920) e O macaco que se fez homem (1923) e ainda traz um bônus que revitaliza as pesquisas sobre o autor no Brasil: uma vasta fortuna crítica que posiciona e transporta o leitor de hoje à atividade literária feita na época. Estão presentes contos clássicos como “Meu conto de Maupassant”, “Bucólica”, “Cavalinhos”, “As fitas da vida”, “O bom marido”, entre dezenas de outras histórias.A apresentação, assinada pela pesquisadora Beatriz Resende, reitera ao leitor de hoje, seja ele conhecedor ou não já da obra lobatiana, a relevância de ler os contos para compreender nosso país e conhecer a verdadeira história do modernismo no Brasil. Sem Urupês, primeiro livro de contos do autor, nossos artistas teriam tomado outros rumos nas fases seguintes do movimento. Foi o livro que deu as bases para os motores das vanguardas no país. Qualquer crítica social que se faça a Lobato se esvai quando notamos, na apreciação atenta de suas narrativas, que determinadas falas funcionam como um eco da sociedade de então, com seus preconceitos e suas amarras.Merece especial atenção o cuidado editorial do volume, totalmente ilustrado com imagens de acervo pessoal da família da Lobato. São fotos de momentos da vida íntima do autor, com a família, e que reportam também, ao passo que as histórias avançam cronologicamente quanto à data de publicação, a transformação do campo e das cidades.A fortuna crítica, ao fim do volume, foi selecionada a partir do precioso arquivo pessoal de Maria Pureza Natividade Monteiro Lobato, a dona Purezinha, esposa de Lobato, que, durante anos, recortava as notícias relacionadas ao marido e as colava num álbum. Conta com uma carta de Oswald de Andrade a Lobato, além de críticas de Lima Barreto, Agripino Grieco, José Lins do Rego, Caio Prado Júnior, entre outros. Referências que recuperam matérias, resenhas e artigos que foram escritos contemporaneamente à produção de Lobato.
“Monteiro Lobato”, escreve Cornélio Pires, eminente etnógrafo da cultura e do dialeto caipiras da primeira metade do século XX, “é incontestavelmente um moço de muito talento e de magnífica organização literária. O seu estilo simples e claro atrai, prende, enleva e delicia”. Passados mais de 65 anos da morte do escritor, difícil não nos deliciarmos com as histórias reunidas neste Contos completos, que a Biblioteca Azul, da Globo Livros, acaba de lançar.O volume compila todos os contos de Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Negrinha (1920) e O macaco que se fez homem (1923) e ainda traz um bônus que revitaliza as pesquisas sobre o autor no Brasil: uma vasta fortuna crítica que posiciona e transporta o leitor de hoje à atividade literária feita na época. Estão presentes contos clássicos como “Meu conto de Maupassant”, “Bucólica”, “Cavalinhos”, “As fitas da vida”, “O bom marido”, entre dezenas de outras histórias.A apresentação, assinada pela pesquisadora Beatriz Resende, reitera ao leitor de hoje, seja ele conhecedor ou não já da obra lobatiana, a relevância de ler os contos para compreender nosso país e conhecer a verdadeira história do modernismo no Brasil. Sem Urupês, primeiro livro de contos do autor, nossos artistas teriam tomado outros rumos nas fases seguintes do movimento. Foi o livro que deu as bases para os motores das vanguardas no país. Qualquer crítica social que se faça a Lobato se esvai quando notamos, na apreciação atenta de suas narrativas, que determinadas falas funcionam como um eco da sociedade de então, com seus preconceitos e suas amarras.Merece especial atenção o cuidado editorial do volume, totalmente ilustrado com imagens de acervo pessoal da família da Lobato. São fotos de momentos da vida íntima do autor, com a família, e que reportam também, ao passo que as histórias avançam cronologicamente quanto à data de publicação, a transformação do campo e das cidades.A fortuna crítica, ao fim do volume, foi selecionada a partir do precioso arquivo pessoal de Maria Pureza Natividade Monteiro Lobato, a dona Purezinha, esposa de Lobato, que, durante anos, recortava as notícias relacionadas ao marido e as colava num álbum. Conta com uma carta de Oswald de Andrade a Lobato, além de críticas de Lima Barreto, Agripino Grieco, José Lins do Rego, Caio Prado Júnior, entre outros. Referências que recuperam matérias, resenhas e artigos que foram escritos contemporaneamente à produção de Lobato.