Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA | ISBN: | 1230001347012 |
Publisher: | Atsoc Editions | Publication: | September 13, 2016 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | CLEBERSON EDUARDO DA COSTA |
ISBN: | 1230001347012 |
Publisher: | Atsoc Editions |
Publication: | September 13, 2016 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
(A5,126 p.) - Por que filosofia do amor? Não é de hoje que o amor, embora não propriamente o amor entre homem e mulher, tem sido objeto de estudo e/ou de reflexão por parte de diversos filósofos.
Platão, por exemplo, em sua obra “O Banquete” traz à tona, por meio de Sócrates, filósofo de quem fora discípulo, a gênese do ideal de amor que é hoje conhecido como o “amor platônico”. Segundo Platão, quando somos jovens tendemos a nos apaixonar ou amarmos pessoas fisicamente atraentes, mas essa obsessão pelo corpo passa com o tempo, isto é, começamos, com o avanço da idade, a valorizarmos mais a alma ou chamada “beleza interior das pessoas”.
Para o filósofo Aristóteles, diferentemente de Platão, o melhor amor está na amizade, ou seja, no fato de duas ou mais pessoas se unirem em busca da verdade e/ou de um ideal comum.
Já para Schopenhauer, filósofo do século XIX, em sua obra “O mundo como vontade e representação”, o que muitos hoje chamam de sentimento amoroso é apenas a tradução de um radical impulso sexual visando-se à reprodução da espécie. Ou seja, o amor, para esse filósofo, é o objeto único de quase toda a representação humana e, em nome dele, interrompem-se as tarefas mais sérias e desorientam-se os homens de mentes mais geniais. Nas palavras de Schopenhauer:
“(O amante) imagina que se esforça e se sacrifica por seu próprio prazer, mas tudo que faz, na verdade, é guiado pela reprodução da espécie”.
Para Jean–Paul Sartre, filósofo existencial-humanista do século XX, o amor, o dito contemporâneo amor, não passa de um “ideal irrealizável” na prática, na vida concreta, pois sempre tendemos a querer algo impossível das pessoas que acreditamos amar. Em outras palavras, segundo Sartre, na mesma medida em que somos atraídos pela liberdade e independência que nas pessoas admiramos ou amamos, tentamos também privá-las dessa mesma liberdade e independência quando as conquistamos ou criamos um relacionamento amoroso.
Nietzsche (1844-1900), o filósofo alemão que teceu uma crítica radical à cultura do seu tempo (e que ainda continua mais contemporâneo do que nunca), certa vez escreveu que “no amor e na guerra a mulher é mais bárbara do que o homem”, colocando o sentimento amoroso como uma espécie de força vital (vontade de potência) que faz com que o amante se sinta em um campo de batalhas na busca da suposta pessoa amada. Nietzsche foi ainda mais enfático ao dizer, por exemplo, que “tudo o que se faz por amor está além do bem e do mal”.
Como se vê, poderíamos aqui enumerar uma série de grandes filósofos, e também de poetas, que teorizaram sobre o amor, mas a temática não se esgotaria, ou seja, ela continuaria inextinguível, exigindo de nós sempre novas reflexões. E esse, sem dúvidas, é um dos grandes motivos pelos quais foi desenvolvido esse trabalho.
II
Construída a partir crônicas, contos, ensaios e poemas, a obra faz-nos refletir e emocionar e, em muitos momentos, também problematizarmos as novas relações socioafetivas que estão presentes no agora dito mundo pós-moderno global capitalista em que se vive. Ela traz, assim como tantas outras criações do autor, um amálgama explosivo de filosofia com literatura: as por ele criadas e chamadas “Poesofias”.
Espera-se que esse livro possa de alguma forma contribuir à formação de uma geração mais humanizada, fraterna, respeitosa das diferenças, solidária, socialmente equitativa, politicamente participativa e intelectualmente emancipada.
Os editores
(A5,126 p.) - Por que filosofia do amor? Não é de hoje que o amor, embora não propriamente o amor entre homem e mulher, tem sido objeto de estudo e/ou de reflexão por parte de diversos filósofos.
Platão, por exemplo, em sua obra “O Banquete” traz à tona, por meio de Sócrates, filósofo de quem fora discípulo, a gênese do ideal de amor que é hoje conhecido como o “amor platônico”. Segundo Platão, quando somos jovens tendemos a nos apaixonar ou amarmos pessoas fisicamente atraentes, mas essa obsessão pelo corpo passa com o tempo, isto é, começamos, com o avanço da idade, a valorizarmos mais a alma ou chamada “beleza interior das pessoas”.
Para o filósofo Aristóteles, diferentemente de Platão, o melhor amor está na amizade, ou seja, no fato de duas ou mais pessoas se unirem em busca da verdade e/ou de um ideal comum.
Já para Schopenhauer, filósofo do século XIX, em sua obra “O mundo como vontade e representação”, o que muitos hoje chamam de sentimento amoroso é apenas a tradução de um radical impulso sexual visando-se à reprodução da espécie. Ou seja, o amor, para esse filósofo, é o objeto único de quase toda a representação humana e, em nome dele, interrompem-se as tarefas mais sérias e desorientam-se os homens de mentes mais geniais. Nas palavras de Schopenhauer:
“(O amante) imagina que se esforça e se sacrifica por seu próprio prazer, mas tudo que faz, na verdade, é guiado pela reprodução da espécie”.
Para Jean–Paul Sartre, filósofo existencial-humanista do século XX, o amor, o dito contemporâneo amor, não passa de um “ideal irrealizável” na prática, na vida concreta, pois sempre tendemos a querer algo impossível das pessoas que acreditamos amar. Em outras palavras, segundo Sartre, na mesma medida em que somos atraídos pela liberdade e independência que nas pessoas admiramos ou amamos, tentamos também privá-las dessa mesma liberdade e independência quando as conquistamos ou criamos um relacionamento amoroso.
Nietzsche (1844-1900), o filósofo alemão que teceu uma crítica radical à cultura do seu tempo (e que ainda continua mais contemporâneo do que nunca), certa vez escreveu que “no amor e na guerra a mulher é mais bárbara do que o homem”, colocando o sentimento amoroso como uma espécie de força vital (vontade de potência) que faz com que o amante se sinta em um campo de batalhas na busca da suposta pessoa amada. Nietzsche foi ainda mais enfático ao dizer, por exemplo, que “tudo o que se faz por amor está além do bem e do mal”.
Como se vê, poderíamos aqui enumerar uma série de grandes filósofos, e também de poetas, que teorizaram sobre o amor, mas a temática não se esgotaria, ou seja, ela continuaria inextinguível, exigindo de nós sempre novas reflexões. E esse, sem dúvidas, é um dos grandes motivos pelos quais foi desenvolvido esse trabalho.
II
Construída a partir crônicas, contos, ensaios e poemas, a obra faz-nos refletir e emocionar e, em muitos momentos, também problematizarmos as novas relações socioafetivas que estão presentes no agora dito mundo pós-moderno global capitalista em que se vive. Ela traz, assim como tantas outras criações do autor, um amálgama explosivo de filosofia com literatura: as por ele criadas e chamadas “Poesofias”.
Espera-se que esse livro possa de alguma forma contribuir à formação de uma geração mais humanizada, fraterna, respeitosa das diferenças, solidária, socialmente equitativa, politicamente participativa e intelectualmente emancipada.
Os editores