Author: | Machado de Assis | ISBN: | 1230000243086 |
Publisher: | LL Library | Publication: | May 28, 2014 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Machado de Assis |
ISBN: | 1230000243086 |
Publisher: | LL Library |
Publication: | May 28, 2014 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Versão otimizada para KoboBooks. Perfeita e bonita formatação, navegação funcional entre todas as partes da obra. Com ilustrações.
*** Lançamento da 2. Edição Abril/2015 - Novo formato EPUB3, revisão e correção ortográfica,
Texto revisado e conforme novo acordo ortográfico de 2009.
*** Novidades:
- Incluído biografia, com ilustrações
- Nova formatação, melhor arquitetura (EPUB3) e capa atualizada.
- Revisão do texto e correções de pequenas falhas.
O Almada é um poema herói-cômico em 8 atos. Machado de Assis descreve-o da seguinte forma:
"O assunto deste poema é rigorosamente histórico. Em 1659, era prelado administrador do Rio de Janeiro o Dr. Manuel de Sousa Almada, presbítero do hábito de São Pedro. Um tabelião, por nome Sebastião Ferreira Freire, foi vítima de uma assuada, em certa noite, na ocasião em que se recolhia para casa. Queixando-se ao ouvidor-geral Pedro de Mustre Portugal, abriu este devassa, vindo a saber-se que eram autores do delito alguns fâmulos do prelado. O prelado, apenas teve notícia do procedimento do ouvidor, mandou intimá-lo para que lhe fizesse entrega da devassa no prazo de três dias, sob pena de excomunhão. Não obedecendo o ouvidor, foi excomungado na ocasião em que embarcava para a capitania do Espírito Santo. Pedro de Mustre suspendeu a viagem e foi à Câmara apresentar um protesto em nome do rei. Os vereadores comunicaram a notícia do caso ao governador da cidade, Tomé de Alvarenga; por ordem deste foram convocados alguns teólogos, licenciados, o reitor do Colégio, o dom Abade, o prior dos Carmelitas, o guardião dos Franciscanos, e todos unanimemente resolveram suspender a excomunhão do ouvidor e remeter todo o processo ao rei. Observei quanto pude o estatuto do gênero, que é parodiar o tom, o jeito e as proporções da poesia épica. No canto IV atrevi-me a imitar uma das mais belas páginas da antiguidade, o episódio de Heitor e Andrômaca, na Ilíada. Homero e Virgílio têm servido mais de uma vez aos poetas herói-cômicos. Não falemos agora de Ariosto e Tassoni. Parodiou Boileau, no Lutrin, o episódio de Dido e Enéias; Dinis seguiu-lhe as pisadas no diálogo do escrivão Gonçalves e sua esposa, e ambos o fizeram em situação análoga ao do episódio em que imitei a imortal cena de Homero."
NOTA: A LL Library tem o forte compromisso de manter suas publicações na melhor qualidade. Em caso problemas de qualquer natureza, especialmente na qualidade/formatação dos textos, favor informar-nos em editores@lllibrary.com, que procederemos com a imediata correção.
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*** Lançamento da 2. Edição Abril/2015 - Novo formato EPUB3, revisão e correção ortográfica,
Texto revisado e conforme novo acordo ortográfico de 2009.
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- Revisão do texto e correções de pequenas falhas.
O Almada é um poema herói-cômico em 8 atos. Machado de Assis descreve-o da seguinte forma:
"O assunto deste poema é rigorosamente histórico. Em 1659, era prelado administrador do Rio de Janeiro o Dr. Manuel de Sousa Almada, presbítero do hábito de São Pedro. Um tabelião, por nome Sebastião Ferreira Freire, foi vítima de uma assuada, em certa noite, na ocasião em que se recolhia para casa. Queixando-se ao ouvidor-geral Pedro de Mustre Portugal, abriu este devassa, vindo a saber-se que eram autores do delito alguns fâmulos do prelado. O prelado, apenas teve notícia do procedimento do ouvidor, mandou intimá-lo para que lhe fizesse entrega da devassa no prazo de três dias, sob pena de excomunhão. Não obedecendo o ouvidor, foi excomungado na ocasião em que embarcava para a capitania do Espírito Santo. Pedro de Mustre suspendeu a viagem e foi à Câmara apresentar um protesto em nome do rei. Os vereadores comunicaram a notícia do caso ao governador da cidade, Tomé de Alvarenga; por ordem deste foram convocados alguns teólogos, licenciados, o reitor do Colégio, o dom Abade, o prior dos Carmelitas, o guardião dos Franciscanos, e todos unanimemente resolveram suspender a excomunhão do ouvidor e remeter todo o processo ao rei. Observei quanto pude o estatuto do gênero, que é parodiar o tom, o jeito e as proporções da poesia épica. No canto IV atrevi-me a imitar uma das mais belas páginas da antiguidade, o episódio de Heitor e Andrômaca, na Ilíada. Homero e Virgílio têm servido mais de uma vez aos poetas herói-cômicos. Não falemos agora de Ariosto e Tassoni. Parodiou Boileau, no Lutrin, o episódio de Dido e Enéias; Dinis seguiu-lhe as pisadas no diálogo do escrivão Gonçalves e sua esposa, e ambos o fizeram em situação análoga ao do episódio em que imitei a imortal cena de Homero."
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