Author: | Auguste Blanqui, Jacques Rancière, Lisa Block de Behar, Eder Cardoso | ISBN: | 9788573215823 |
Publisher: | Iluminuras | Publication: | May 2, 2018 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Auguste Blanqui, Jacques Rancière, Lisa Block de Behar, Eder Cardoso |
ISBN: | 9788573215823 |
Publisher: | Iluminuras |
Publication: | May 2, 2018 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
A eternidade conforme os astros, é, sem sombra de dúvidas, uma das obras mais intrigantes legadas pelo século XIX. Seu autor, Louis-Auguste Blanqui (1805-1881), foi uma figura-chave dentre os revolucionários daquele século. Ele encarnou como poucos a face ativista da Modernidade que despontava então. Se é verdade que a Modernidade foi inaugurada pela Revolução Francesa, uma de suas principais lições é que os homens podem fazer o seu destino com as próprias mãos. Desde 1827, no combate contra Carlos X, a vida de Blanqui foi marcada pela participação em atos revolucionários, sempre entrelaçando a paixão e a violência revolucionária como dois impulsos irmãos, que acabaram o condenando a passar 37 anos de sua vida na prisão. Sua última libertação se deu em 1879, graças às campanhas de Victor Hugo e de Georges Clemenceau. Foi na prisão que ele escreveu este singular texto sobre os astros, no qual propõe uma visão da história que explode com a ideologia do progresso, mas que também, paradoxalmente, suspende o ato revolucionário. A Comuna de Paris de 1871 não pode ser entendida sem a participação dos blanquistas. Blanqui mesmo foi preso na sua véspera, e um ano depois escreverá sua A eternidade conforme os astros.
A eternidade conforme os astros, é, sem sombra de dúvidas, uma das obras mais intrigantes legadas pelo século XIX. Seu autor, Louis-Auguste Blanqui (1805-1881), foi uma figura-chave dentre os revolucionários daquele século. Ele encarnou como poucos a face ativista da Modernidade que despontava então. Se é verdade que a Modernidade foi inaugurada pela Revolução Francesa, uma de suas principais lições é que os homens podem fazer o seu destino com as próprias mãos. Desde 1827, no combate contra Carlos X, a vida de Blanqui foi marcada pela participação em atos revolucionários, sempre entrelaçando a paixão e a violência revolucionária como dois impulsos irmãos, que acabaram o condenando a passar 37 anos de sua vida na prisão. Sua última libertação se deu em 1879, graças às campanhas de Victor Hugo e de Georges Clemenceau. Foi na prisão que ele escreveu este singular texto sobre os astros, no qual propõe uma visão da história que explode com a ideologia do progresso, mas que também, paradoxalmente, suspende o ato revolucionário. A Comuna de Paris de 1871 não pode ser entendida sem a participação dos blanquistas. Blanqui mesmo foi preso na sua véspera, e um ano depois escreverá sua A eternidade conforme os astros.