Author: | Hugo Gonçalves Dores | ISBN: | 9789724418353 |
Publisher: | Almedina | Publication: | March 27, 2015 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Hugo Gonçalves Dores |
ISBN: | 9789724418353 |
Publisher: | Almedina |
Publication: | March 27, 2015 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Este livro tem como objectivo explorar as ambiguidades que marcaram as relações entre Estado-Igreja no império colonial português, durante a I República. Este relacionamento tem sido visto essencialmente numa perspectiva metropolitana, deixando de lado a complexidade do mundo imperial e das dinâmicas que o caracterizavam. Não obstante a política missionária elaborada pelos republicanos na metrópole, a sua execução na realidade imperial deparou-se com diversos obstáculos, nomeadamente a pressão diplomática internacional, a intervenção de outros Estados, a presença de missionários protestantes e a actuação da Santa Sé. A relação Estado-Igreja no império português não foi feita apenas de confronto e oposição, tendo-se definido pela busca de um equilíbrio onde um e outro pudessem alcançar os seus propósitos. A República teve de dar continuidade a atitudes e opções definidas durante a Monarquia Constitucional, secundarizando de certo modo posições mais ideológicas, porque o cenário internacional não mudou a 5 de Outubro de 1910 e o palco onde os governos monárquicos haviam actuado mantinha-se no essencial o mesmo para os republicanos. A compreensão da questão religiosa no império implica factores imperiais e transnacionais, impondo a análise num âmbito alargado e incluindo o império português na história dos impérios contemporâneos, pois a missão, enquanto fenómeno histórico, inscreve-se num processo global. Neste livro abordam-se as diferentes discussões em torno da missão e da sua utilidade para a estratégia imperial do Estado português em África durante a I República, sublinhando temas como o Direito internacional das missões, a diplomacia missionária, a legislação republicana e a controversa presença das congregações religiosas católicas e das sociedades missionárias protestantes, através de acontecimentos determinantes na história das missões e dos impérios.
Este livro tem como objectivo explorar as ambiguidades que marcaram as relações entre Estado-Igreja no império colonial português, durante a I República. Este relacionamento tem sido visto essencialmente numa perspectiva metropolitana, deixando de lado a complexidade do mundo imperial e das dinâmicas que o caracterizavam. Não obstante a política missionária elaborada pelos republicanos na metrópole, a sua execução na realidade imperial deparou-se com diversos obstáculos, nomeadamente a pressão diplomática internacional, a intervenção de outros Estados, a presença de missionários protestantes e a actuação da Santa Sé. A relação Estado-Igreja no império português não foi feita apenas de confronto e oposição, tendo-se definido pela busca de um equilíbrio onde um e outro pudessem alcançar os seus propósitos. A República teve de dar continuidade a atitudes e opções definidas durante a Monarquia Constitucional, secundarizando de certo modo posições mais ideológicas, porque o cenário internacional não mudou a 5 de Outubro de 1910 e o palco onde os governos monárquicos haviam actuado mantinha-se no essencial o mesmo para os republicanos. A compreensão da questão religiosa no império implica factores imperiais e transnacionais, impondo a análise num âmbito alargado e incluindo o império português na história dos impérios contemporâneos, pois a missão, enquanto fenómeno histórico, inscreve-se num processo global. Neste livro abordam-se as diferentes discussões em torno da missão e da sua utilidade para a estratégia imperial do Estado português em África durante a I República, sublinhando temas como o Direito internacional das missões, a diplomacia missionária, a legislação republicana e a controversa presença das congregações religiosas católicas e das sociedades missionárias protestantes, através de acontecimentos determinantes na história das missões e dos impérios.