Author: | Mark Blyth, Laura Carvalho | ISBN: | 9788569536383 |
Publisher: | Autonomia Literária | Publication: | November 9, 2018 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Mark Blyth, Laura Carvalho |
ISBN: | 9788569536383 |
Publisher: | Autonomia Literária |
Publication: | November 9, 2018 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
No livro Austeridade – A História de Uma Ideia Perigosa, Mark Blyth oferece ao leitor uma sólida argumentação construída a partir de uma constatação tão óbvia quanto ausente das análises dos economistas convencionais. Blyth desvela as razões das políticas de austeridade que se seguiram à crise de 2008. "A Europa precisa ser austera porque os balanços financeiros dos Estados nacionais têm que funcionar como amortecedores de choques para o conjunto do sistema…Primeiro ocorreu a crise bancária, depois uma crise das dívidas soberanas. Mas isso é o efeito, não a causa". Os bancos centrais e os Tesouros Nacionais mobilizaram seus balanços para socorrer os bancos quebrados, o que resultou na expansão dos déficits e dívidas dos Estados. São saborosos os capítulos do livro que avaliam a história da Ideia Perigosa. No âmago dos enganos e desenganos, está o autoengano do ideário liberal. Nos momentos de crise, o liberalismo econômico aponta invariavelmente o dedo acusador para o Estado irracional e gastador. Blyth inicia a investigação histórica da Ideia Perigosa com a análise cuidadosa dos escritos de Locke, David Hume e Adam Smith. Críticos do mercantilismo, os três ícones do pensamento liberal advogam a regra inviolável do orçamento equilibrado, independentemente das flutuações cíclicas da economia. Esse dogma associou-se às crenças do padrão-ouro para sacralizar o mercado auto- regulado e bloquear as ações estabilizadoras dos governos. Depois da Grande Depressão, Keynes justificou teoricamente as políticas fiscais e monetárias destinadas a recuperar as economias prostradas. Mas, atenção: a austeridade, ademais de perigosa, é uma ideia persistente. Derrotada por Keynes, ela voltou vitoriosa nos braços dos corifeus do neoliberalismo, de Milton Friedman a Robert Lucas. — Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo (economista e professor da UNICAMP)
No livro Austeridade – A História de Uma Ideia Perigosa, Mark Blyth oferece ao leitor uma sólida argumentação construída a partir de uma constatação tão óbvia quanto ausente das análises dos economistas convencionais. Blyth desvela as razões das políticas de austeridade que se seguiram à crise de 2008. "A Europa precisa ser austera porque os balanços financeiros dos Estados nacionais têm que funcionar como amortecedores de choques para o conjunto do sistema…Primeiro ocorreu a crise bancária, depois uma crise das dívidas soberanas. Mas isso é o efeito, não a causa". Os bancos centrais e os Tesouros Nacionais mobilizaram seus balanços para socorrer os bancos quebrados, o que resultou na expansão dos déficits e dívidas dos Estados. São saborosos os capítulos do livro que avaliam a história da Ideia Perigosa. No âmago dos enganos e desenganos, está o autoengano do ideário liberal. Nos momentos de crise, o liberalismo econômico aponta invariavelmente o dedo acusador para o Estado irracional e gastador. Blyth inicia a investigação histórica da Ideia Perigosa com a análise cuidadosa dos escritos de Locke, David Hume e Adam Smith. Críticos do mercantilismo, os três ícones do pensamento liberal advogam a regra inviolável do orçamento equilibrado, independentemente das flutuações cíclicas da economia. Esse dogma associou-se às crenças do padrão-ouro para sacralizar o mercado auto- regulado e bloquear as ações estabilizadoras dos governos. Depois da Grande Depressão, Keynes justificou teoricamente as políticas fiscais e monetárias destinadas a recuperar as economias prostradas. Mas, atenção: a austeridade, ademais de perigosa, é uma ideia persistente. Derrotada por Keynes, ela voltou vitoriosa nos braços dos corifeus do neoliberalismo, de Milton Friedman a Robert Lucas. — Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo (economista e professor da UNICAMP)