Author: | Collectif | ISBN: | 9791036514890 |
Publisher: | Publicações do Cidehus | Publication: | September 10, 2018 |
Imprint: | Publicações do Cidehus | Language: | Portuguese |
Author: | Collectif |
ISBN: | 9791036514890 |
Publisher: | Publicações do Cidehus |
Publication: | September 10, 2018 |
Imprint: | Publicações do Cidehus |
Language: | Portuguese |
A presente obra traz a lume dois importantes fundos da correspondência dirigida a D. Frei Manuel do Cenáculo, que não foram catalogados por Armando de Gusmão e têm passado despercebidos à historiografia. Trata-se das cartas que Joaquim José da Costa Sá e Alexandre Faria Manuel escreveram ao Bispo de Beja, entre 1772 e 1802. São fontes que adquirem especial importância para a História do Livro e das Bibliotecas. As cartas de Joaquim Sá são um dos poucos testemunhos do donativo que em 1797 Cenáculo enviou para a Real Biblioteca Pública de Lisboa e as cartas de Alexandre Manuel, dadas as funções de Secretário da Mesa Censória e o processo em que se viu envolvido, constituem uma fonte privilegiada para o estudo da censura prévia, do comércio do livro, da leitura de obras proibidas e do furto de livros. O que nos seduz também na correspondência são as suas potencialidades, a nível da micro-história. Com efeito, parafraseando Marc Bloch, este tipo de fontes permitem tornar a tarefa da investigação histórica divertida. Na realidade, são muitos os ingredientes que encontramos na leitura e interpretação das cartas e que nos levam a considerar o nosso ofício divertido; desde a necessidade de decifrar a letra usada, até a revelação dos conteúdos que tantas vezes nos trazem dramas familiares, ou nos fazem sorrir pelo seu caráter anedótico. Por outro lado, nada melhor do que uma carta, ou um diário, para encontrar o insight de uma época, para nos apercebermos dos contextos e assim nos vacinarmos contra esse vício, tão comum e que se encontra em milhares de textos ditos históricos, que é o anacronismo.
A presente obra traz a lume dois importantes fundos da correspondência dirigida a D. Frei Manuel do Cenáculo, que não foram catalogados por Armando de Gusmão e têm passado despercebidos à historiografia. Trata-se das cartas que Joaquim José da Costa Sá e Alexandre Faria Manuel escreveram ao Bispo de Beja, entre 1772 e 1802. São fontes que adquirem especial importância para a História do Livro e das Bibliotecas. As cartas de Joaquim Sá são um dos poucos testemunhos do donativo que em 1797 Cenáculo enviou para a Real Biblioteca Pública de Lisboa e as cartas de Alexandre Manuel, dadas as funções de Secretário da Mesa Censória e o processo em que se viu envolvido, constituem uma fonte privilegiada para o estudo da censura prévia, do comércio do livro, da leitura de obras proibidas e do furto de livros. O que nos seduz também na correspondência são as suas potencialidades, a nível da micro-história. Com efeito, parafraseando Marc Bloch, este tipo de fontes permitem tornar a tarefa da investigação histórica divertida. Na realidade, são muitos os ingredientes que encontramos na leitura e interpretação das cartas e que nos levam a considerar o nosso ofício divertido; desde a necessidade de decifrar a letra usada, até a revelação dos conteúdos que tantas vezes nos trazem dramas familiares, ou nos fazem sorrir pelo seu caráter anedótico. Por outro lado, nada melhor do que uma carta, ou um diário, para encontrar o insight de uma época, para nos apercebermos dos contextos e assim nos vacinarmos contra esse vício, tão comum e que se encontra em milhares de textos ditos históricos, que é o anacronismo.