Author: | Fabio Akcelrud Durão | ISBN: | 9788547325039 |
Publisher: | Editora Appris | Publication: | May 14, 2019 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Fabio Akcelrud Durão |
ISBN: | 9788547325039 |
Publisher: | Editora Appris |
Publication: | May 14, 2019 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Nesta admirável coleção de ensaios, Fabio Akcelrud Durão coloca a questão da diferença entre arte e não arte, insistindo na distinção entre texto e obra. Não muito tempo atrás, essa teria sido quase universalmente considerada uma posição cultural, e, por implicação, socialmente conservadora; não muito antes disso, teria havido alguma verdade em tal acusação. Do texto à obra mostra enfaticamente que esse não é mais o caso. Em uma época caracterizada pela "superprodução semiótica" de uma indústria cultural diversificada e ubíqua, a reivindicação de uma arte da vida comum, outrora radical, muda de valência, transformando-se em uma afirmação complacente de que toda cultura é comercial. Do texto à obra insiste na urgência de um engajamento com a especificidade como um contrapeso à mercadorização da vida social. A arte – em um sentido muito antigo, a noção de uma forma orgânica autárquica como teorizada entre Schiller e Hegel no rastro pós-kantiano – não aparece como um conceito entre outros, mas como o polo contrário, o horizonte negativo, da universalidade do mercado: um "corpo estranho" em uma sociedade que de outro modo não seria senão uma "imensa coleção de mercadorias". Nicholas Brown University of Illinois, Chicago.
Nesta admirável coleção de ensaios, Fabio Akcelrud Durão coloca a questão da diferença entre arte e não arte, insistindo na distinção entre texto e obra. Não muito tempo atrás, essa teria sido quase universalmente considerada uma posição cultural, e, por implicação, socialmente conservadora; não muito antes disso, teria havido alguma verdade em tal acusação. Do texto à obra mostra enfaticamente que esse não é mais o caso. Em uma época caracterizada pela "superprodução semiótica" de uma indústria cultural diversificada e ubíqua, a reivindicação de uma arte da vida comum, outrora radical, muda de valência, transformando-se em uma afirmação complacente de que toda cultura é comercial. Do texto à obra insiste na urgência de um engajamento com a especificidade como um contrapeso à mercadorização da vida social. A arte – em um sentido muito antigo, a noção de uma forma orgânica autárquica como teorizada entre Schiller e Hegel no rastro pós-kantiano – não aparece como um conceito entre outros, mas como o polo contrário, o horizonte negativo, da universalidade do mercado: um "corpo estranho" em uma sociedade que de outro modo não seria senão uma "imensa coleção de mercadorias". Nicholas Brown University of Illinois, Chicago.