Quando a imprensa européia discute intensamente o prólogo escrito por Joseph Ratzinger ao último livro de Marcelo Pera; intelectual e político italiano; intitulado Perché dobbiamo dirci cristiani; recém publicado pela editorial Mondadori; resulta muito oportuno este trabalho que o leitor tem agora em suas mãos. Com efeito; no referido prólogo; Joseph Ratzinger; afirma que o diálogo inter-religioso é impossível a menos que o crente ponha entre parênteses a sua fé. Sem dúvida alguma; o pouco espaço que um prólogo oferece levou-o a omitir uma mais longa explicação sobre o que significa 'pôr entre parênteses a fé'. Daí a polêmica. Neste pequeno volume Bernardo Veiga apresenta-nos um acurado estudo sobre a presumível racionalidade das fés; que culmina numa avaliação das consequências culturais das decisões religiosas fundamentais; tudo isso alicerçado nos escritos de Joseph Ratzinger; o atual papa Bento XVI. O que nos revela é suficiente para entender o significado de 'pôr entre parênteses a nossa fé'. Por outro lado; Bernardo Veiga mostra-nos também como é isso mesmo o que Raimundo Lúlio dizia; setecentos anos antes. Ainda pouco conhecido em nosso país; Lúlio surpreende por sua abertura em uma época adversa ao seu pensamento. Foi um verdadeiro precursor em muitos campos do pensamento. Veiga mostra como o pensamento do papa sobre o diálogo inter-religioso assemelha-se muito à proposta luliana; por sujeitar o diálogo ao Logos e pela defesa incondicionada da liberdade religiosa. Uma explicação necessária em um momento muito oportuno.
Quando a imprensa européia discute intensamente o prólogo escrito por Joseph Ratzinger ao último livro de Marcelo Pera; intelectual e político italiano; intitulado Perché dobbiamo dirci cristiani; recém publicado pela editorial Mondadori; resulta muito oportuno este trabalho que o leitor tem agora em suas mãos. Com efeito; no referido prólogo; Joseph Ratzinger; afirma que o diálogo inter-religioso é impossível a menos que o crente ponha entre parênteses a sua fé. Sem dúvida alguma; o pouco espaço que um prólogo oferece levou-o a omitir uma mais longa explicação sobre o que significa 'pôr entre parênteses a fé'. Daí a polêmica. Neste pequeno volume Bernardo Veiga apresenta-nos um acurado estudo sobre a presumível racionalidade das fés; que culmina numa avaliação das consequências culturais das decisões religiosas fundamentais; tudo isso alicerçado nos escritos de Joseph Ratzinger; o atual papa Bento XVI. O que nos revela é suficiente para entender o significado de 'pôr entre parênteses a nossa fé'. Por outro lado; Bernardo Veiga mostra-nos também como é isso mesmo o que Raimundo Lúlio dizia; setecentos anos antes. Ainda pouco conhecido em nosso país; Lúlio surpreende por sua abertura em uma época adversa ao seu pensamento. Foi um verdadeiro precursor em muitos campos do pensamento. Veiga mostra como o pensamento do papa sobre o diálogo inter-religioso assemelha-se muito à proposta luliana; por sujeitar o diálogo ao Logos e pela defesa incondicionada da liberdade religiosa. Uma explicação necessária em um momento muito oportuno.