A Advertencia que precedia a anterior edicao, e que adiante vae repetida, explica sobejamente porque as primeiras tentativas de um genero de escriptos, que so muito tarde foi cultivado em Portugal, se publicaram em volumes, quando talvez nao devessem sair das columnas dos jornaes, onde viram a luz publica. Consideramo-los entao, e consideramo-los agora apenas como balisas no campo da nossa historia litteraria, balisas que nos parecem ainda mais toscas actualmente; porque ao passo que a reflexao e o tempo nos amaduram o espirito, os defeitos de composicao e de estylo cada vez se vao avolumando mais aos olhos da nossa consciencia retrospectiva. Reputando-os, todavia, hoje como ha oito annos, simples marcos milliarios, a presente edicao absolve-se pelos mesmos titulos porque devia ser absolvida a edicao anterior. Esperavamos, e dissemo-lo sinceramente, que estas desadornadas tentativas esqueceriam em breve offuscadas pelas brilhantes composicoes que comecavam a avultar no caminho que haviamos aberto. O publico enleodeu de outro modo. Sem deixar de apreciar o melhor, nao esqueceu estes mal delineados esbocos, que ficaram na sua memoria como nos ficam para a saudade os dias do nosso balbuciar infantil. Quinze a vinte annos sao decorridos desde que se deu um passo, bem que debil, decisivo, para quebrar as tradicoes do Alivio de Tristo e do Feliz Independente, tyrannos que reinavam sem emulos e sem conspiracoes na provincia do romance portugues. Nestes quinze ou vinte annos creou-se uma litteratura e pode dizer-se que nao ha anno que nao lhe traga um progresso. Desde as Lendas e Narrativas ate o livro Onde esta a Felicidade? que vasto espaco transposto! E todavia, apesar do immenso talento que se revela nas mais recentes composicoes, quem sabe se entre os nomes que despontam apenas nos horisontes litterarios, nao vira em breve algum que offusque os que nos deixaram para nos somente um bem modesto logar
A Advertencia que precedia a anterior edicao, e que adiante vae repetida, explica sobejamente porque as primeiras tentativas de um genero de escriptos, que so muito tarde foi cultivado em Portugal, se publicaram em volumes, quando talvez nao devessem sair das columnas dos jornaes, onde viram a luz publica. Consideramo-los entao, e consideramo-los agora apenas como balisas no campo da nossa historia litteraria, balisas que nos parecem ainda mais toscas actualmente; porque ao passo que a reflexao e o tempo nos amaduram o espirito, os defeitos de composicao e de estylo cada vez se vao avolumando mais aos olhos da nossa consciencia retrospectiva. Reputando-os, todavia, hoje como ha oito annos, simples marcos milliarios, a presente edicao absolve-se pelos mesmos titulos porque devia ser absolvida a edicao anterior. Esperavamos, e dissemo-lo sinceramente, que estas desadornadas tentativas esqueceriam em breve offuscadas pelas brilhantes composicoes que comecavam a avultar no caminho que haviamos aberto. O publico enleodeu de outro modo. Sem deixar de apreciar o melhor, nao esqueceu estes mal delineados esbocos, que ficaram na sua memoria como nos ficam para a saudade os dias do nosso balbuciar infantil. Quinze a vinte annos sao decorridos desde que se deu um passo, bem que debil, decisivo, para quebrar as tradicoes do Alivio de Tristo e do Feliz Independente, tyrannos que reinavam sem emulos e sem conspiracoes na provincia do romance portugues. Nestes quinze ou vinte annos creou-se uma litteratura e pode dizer-se que nao ha anno que nao lhe traga um progresso. Desde as Lendas e Narrativas ate o livro Onde esta a Felicidade? que vasto espaco transposto! E todavia, apesar do immenso talento que se revela nas mais recentes composicoes, quem sabe se entre os nomes que despontam apenas nos horisontes litterarios, nao vira em breve algum que offusque os que nos deixaram para nos somente um bem modesto logar