Author: | Marcio Goldman | ISBN: | 9788564116528 |
Publisher: | Ponteio Edições | Publication: | June 1, 2016 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Marcio Goldman |
ISBN: | 9788564116528 |
Publisher: | Ponteio Edições |
Publication: | June 1, 2016 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Os textos que compõem esta coletânea são todos estudos de história (ou de geografia) da antropologia ou do pensamento antropológico. Eles foram selecionados entre aqueles escritos por Marcio Goldman desde a publicação da coletânea Alguma antropologia (Relume Dumará, 1999). O princípio de seleção foi o da escolha de artigos que tratassem diretamente do pensamento de determinados autores. Entre estes, Marcio Goldman elegeu os autores de quem efetivamente gosta - e aqui estão Godfrey Lienhardt, Claude Lévi-Strauss, Pierre Clastres, Jeanne Favret-Saada, Marilyn Strathern e Roy Wagner - e deixou de fora tudo que escreveu "contra" quem quer que seja. A partir de uma questão colocada a ele por seu amigo Peter Gow ("afinal, o que adianta saber se Morgan estava certo ou errado em 1870?"), o autor, depois de muito tempo, concluiu que o problema não é tanto esse, mas o fato de que aquilo que Morgan e qualquer um pensavam em 1870 (ou em 1970, ou ontem) — e, sobretudo, como eles pensavam — pode perfeitamente seguir sendo pensado, explícita ou silenciosamente, hoje. Conhecer o que se pensava significa, pois, a possibilidade de conhecer alternativas aos clichês que nos foram legados e ao mesmo tempo vislumbrar aquilo que em todo pensamento já recusa qualquer clichê. Afinal, como ensinou Deleuze, não apenas tudo o que é efetuado pode ser contraefetuado, mas essa contraefetuação é na
Os textos que compõem esta coletânea são todos estudos de história (ou de geografia) da antropologia ou do pensamento antropológico. Eles foram selecionados entre aqueles escritos por Marcio Goldman desde a publicação da coletânea Alguma antropologia (Relume Dumará, 1999). O princípio de seleção foi o da escolha de artigos que tratassem diretamente do pensamento de determinados autores. Entre estes, Marcio Goldman elegeu os autores de quem efetivamente gosta - e aqui estão Godfrey Lienhardt, Claude Lévi-Strauss, Pierre Clastres, Jeanne Favret-Saada, Marilyn Strathern e Roy Wagner - e deixou de fora tudo que escreveu "contra" quem quer que seja. A partir de uma questão colocada a ele por seu amigo Peter Gow ("afinal, o que adianta saber se Morgan estava certo ou errado em 1870?"), o autor, depois de muito tempo, concluiu que o problema não é tanto esse, mas o fato de que aquilo que Morgan e qualquer um pensavam em 1870 (ou em 1970, ou ontem) — e, sobretudo, como eles pensavam — pode perfeitamente seguir sendo pensado, explícita ou silenciosamente, hoje. Conhecer o que se pensava significa, pois, a possibilidade de conhecer alternativas aos clichês que nos foram legados e ao mesmo tempo vislumbrar aquilo que em todo pensamento já recusa qualquer clichê. Afinal, como ensinou Deleuze, não apenas tudo o que é efetuado pode ser contraefetuado, mas essa contraefetuação é na