Der Kampf um's Recht é um livro admirável, que fala à razão e ao sentimento, convencendo e comovendo; onde as idéias ori-ginais cintilam deslumbrando e as frases felizes dão ao pensa-mento a expressão que ele reclama; um livro feito de eloquên-cia e saber, que não somente instrui e educa, mas ainda mos-tra o direito na sua realidade palpitante, ressumando da vida social, enrodilhando-se nela, impulsando-a, adaptando-a a cer-tos fins, dirigindo-a e, ao mesmo tempo, amoldando-se a ela e sendo, afinal, uma de suas expressões mais elevadas. Não admira que tal livro tenha tido número tão considerável de traduções. Os japoneses, como os franceses, os espanhóis, os italianos e os gregos leram-no, ficaram encantados e nacionali-zaram-no. A nós também nos impressionou fortemente o opús-culo vibrante do grande mestre, e não tardamos em traduzi-lo. João Vieira, o adiantado espírito ao qual está intimamente liga-do o movimento progressivo do direito penal, entre nós, deu-nos a primeira tradução portuguesa da Luta pelo direito e, ago-ra, o inteligente e operoso cultor das letras jurídicas, o Sr. Dr. José Tavares Bastos empreende a segunda, o que mostra, bem claramente, o interesse que entre os juristas pátrios soube despertar a curiosa conferência que Ihering realizou em Viena, no ano de 1872. Trinta e sete anos já se passaram, depois que o pensamento do egrégio jurisconsulto revestiu a forma que admiramos na Luta pelo direito, mas, apesar das agitações intelectuais dos últimos tempos, que não respeitaram os princípios mais soli-damente estabelecidos da filosofia e das ciências, como os conceitos da matéria e da conservação e transformação da força, aquelas frases lapidares encontram a mesma repercus-são simpática nas inteligências, porque continuam a ser tradu-ção feliz de um dos aspectos da ideia do direito.
Der Kampf um's Recht é um livro admirável, que fala à razão e ao sentimento, convencendo e comovendo; onde as idéias ori-ginais cintilam deslumbrando e as frases felizes dão ao pensa-mento a expressão que ele reclama; um livro feito de eloquên-cia e saber, que não somente instrui e educa, mas ainda mos-tra o direito na sua realidade palpitante, ressumando da vida social, enrodilhando-se nela, impulsando-a, adaptando-a a cer-tos fins, dirigindo-a e, ao mesmo tempo, amoldando-se a ela e sendo, afinal, uma de suas expressões mais elevadas. Não admira que tal livro tenha tido número tão considerável de traduções. Os japoneses, como os franceses, os espanhóis, os italianos e os gregos leram-no, ficaram encantados e nacionali-zaram-no. A nós também nos impressionou fortemente o opús-culo vibrante do grande mestre, e não tardamos em traduzi-lo. João Vieira, o adiantado espírito ao qual está intimamente liga-do o movimento progressivo do direito penal, entre nós, deu-nos a primeira tradução portuguesa da Luta pelo direito e, ago-ra, o inteligente e operoso cultor das letras jurídicas, o Sr. Dr. José Tavares Bastos empreende a segunda, o que mostra, bem claramente, o interesse que entre os juristas pátrios soube despertar a curiosa conferência que Ihering realizou em Viena, no ano de 1872. Trinta e sete anos já se passaram, depois que o pensamento do egrégio jurisconsulto revestiu a forma que admiramos na Luta pelo direito, mas, apesar das agitações intelectuais dos últimos tempos, que não respeitaram os princípios mais soli-damente estabelecidos da filosofia e das ciências, como os conceitos da matéria e da conservação e transformação da força, aquelas frases lapidares encontram a mesma repercus-são simpática nas inteligências, porque continuam a ser tradu-ção feliz de um dos aspectos da ideia do direito.